Abordagem do ensino de física para pessoas com cegueira ou baixa visão


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Fonte: Google imagens

 Ao falarmos em ensino de física pensamos logo em um clássico chamado quadro negro e giz. Porém este ensino é arcaico e com o tempo deve ser deixado de lado para novas abordagens através dos anos e podemos observar isso co novas pesquisas na área de ensino de física que vem surgindo .

 Neste artigo, pretendo focar mais na área de inclusão de pessoas com alguma necessidade especial, como por exemplo alunos com deficiência visual ou baixa visão.
Com base em artigos e livros voltados para a área de educação para alunos com deficiência visual nas aulas de física, foi elaborado este projeto citando dois exemplos de maquetes interativas retiradas dos exemplos de livro e artigos lidos, demonstrando como esses experimentos podem ser abordados em sala de aula.


 Neste artigo veremos que existe uma certa dificuldade ao ensinarmos conceitos de ótica aos alunos com cegueira ou baixa visão. Quando se trata em ensinar óptica para alunos portadores de alguma deficiência, o desafio se torna maior quando o aluno possui visão comprometida, tanto parcial quanto total (Barbosa,2014). Em óptica, o estudo da luz, os experimentos e as explicações do conteúdo são bem visuais. Para um aluno que não enxerga, não seria viável tal método expositivo e visual. Portanto, seria viável outra forma de explicação e experimentação para este tipo de aluno, principalmente, por meio de tato e da audição. Um exemplo a ser seguido é o de uma aula de teoria musical, em que se representa as notas musicais não só sonoramente, mas também em moldes com relevo.

 Antes de vermos o método explicarei qual a diferença entre INCLUSÃO e INTEGRAÇÃO e, consequentemente, mostrar as diferenças entre ambas. Conforme Camargo (2012), a integração se trata de incluir alunos com necessidades especiais em um meio para o qual eles não são preparados. Um bom exemplo disso é a escola que é projetada somente apara alunos sem necessidades especiais, que não possui rampa para facilitar o acesso, nem informações em linguagem escrita em braile, ou mesmo não possui intérprete para alunos surdos nas salas de aula, entre outras coisas. O aluno tem que ir “preparado” para a escola e se adequar a este meio nada favorável para aqueles com deficiência física. Esse tipo de escola incentiva pessoas com deficiência a seguir modelos já estabelecidos para o aluno comum, não valorizando, por exemplo, outras formas de comunicação como a Libras. Seria um bloco majoritário e homogêneo de pessoas sem deficiência rodeado pelas que apresentam diferenças (CAMARGO,2012).

 Em contrapartida, a inclusão faz com que o ambiente se molde de tal forma que qualquer aluno, seja ele com necessidades especiais ou não, consiga interagir ou participar em atividades sociais ou ter melhor locomoção. Por exemplo, uma escola que possui sala de recursos com materiais que sirvam para qualquer tipo de aluno, e até mesmo turmas específicas formadas por alunos com certo tipo de deficiência, para que exista uma melhor assistência para com os mesmos.

 Agora veremos o método de ensino:

 Uma das abordagens apropriadas seria as aulas com maquetes táteis. A utilização de maquetes táteis construídas para o ensino dos alunos com deficiência visual é algo bem difundido no meio acadêmico e nas turmas de nível médio. Fundamenta-se na incompatibilidade entre o potencial comunicacional de sua estrutura empírica e os significados que se visam comunicar. Em outras palavras, códigos táteis e auditivos não veiculam informações indissociáveis de representações visuais, ou seja, tocar e ouvir nunca farão que cegos de nascimento compreendam significados como cores, transparente, opaco etc.(CAMARGO,2012)

 Um dos métodos que será abordado neste projeto será a construção de maquetes interativas, que servirão para a aprendizagem de alunos com e sem deficiência visual.
 Daremos um exemplo de estudo de ótica com maquetes táteis que é a sobre a dissipação da luz (refração), que   demonstra a luz sofrendo o fenômeno refração consiste em um conjunto de cordões de cada cor. Na figura 1 o cordão branco representa a luz branca que entra no prisma e sobre a refração e os coloridos representam os diferentes comprimentos de onda que saem do prisma, por conta da mudança de meio e deflexão do ângulo. As linhas pretas pontilhadas representam o referencial do plano de refração.

 Dessa forma, esta maquete é um grande facilitador de aprendizagem, tanto para o aluno com deficiência visual quanto para o aluno sem a deficiência.Podemos observar isso na figura a seguir:

Figura 1: Fonte: CAMARGO (2012) livro “Saberes docentes para a inclusão do aluno com deficiência visual em aulas de física”, do professor Eder Pires de Camargo



Para construir o quadro representado pela figura 1, utilize os seguintes materiais:

• Três placas de acrílico transparentes de 20 cm por 5 cm.
• Nove pedaços de linhas de costura (fio grosso), com as cores, vermelha, roxa, branca, preta, amarela, azul (claro e escuro), laranja e verde  de 40 cm;
• Base de madeira lisa e branca ou qualquer outra superfície rígida branca;
• Super-cola;
• Pequenos pregos para fixação das cordas.

Conclusão, com conhecimento e boa vontade, podemos construir um mundo melhor para todos através da inclusão.
Até a próxima pessoal! 

  

REFERÊNCIAS
• CAMARGO, Eder Pires. Saberes docentes para a inclusão do aluno com deficiência visual em aulas defísica. São Paulo: Editora UNESP, 2012.
• BARBOSA, André do Nascimento e LIMA, Maria da Conceição. Experimentos para inclusão de alunos com deficiência visual em aulas de Física: uma contribuição dos licenciandos da • UERJ.Rio de Janeiro, RJ, jan.2014.
• CAMARGO, Eder Pires,NARDI, Roberto, FILHO, Paulo Roberto e ALMEIDA, Débora Ranata. Como ensinar óptica para alunos cegos e com baixa visão?.São Paulo, SP, jan.2008.




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