Fonte:Transfusão de sangue (iStock/Getty Images) |
CUIDADOS DE ENFERMAGEM ANTES DE INICIAR A TRANSFUSÃO:
1. Confirmar se a família ou paciente assinou o termo de comprometimento ou recusa;
2. Verificar a prescrição;
3. Perguntar ao paciente seu nome completo;
4. Conferir o nome relatado com os dados do rótulo da bolsa e da prescrição;
5. Certificar a indicação da transfusão na prescrição médica, verificar SSVV do paciente;
6. Receber a bolsa de sangue e comparar: solicitação de hemoterápico com prontuário, nome completo do paciente, grupo sanguíneo e fator Rh, tipo e quantidade de hemoterápico solicitado;
7. Instalar o hemocomponente, mantendo íntegro o sistema até o final
do procedimento;
8. Verificar a bolsa a procura de vazamentos, bolhas, coloração;
9. Utilizar catete calibroso e equipo especial com filtro padrão;
10. Acesso venoso exclusivo para o hemoterápico;
11. Instruir a equipe de enfermagem para não infundir nenhum tipo de
medicamento concomitantemente com a transfusão (exceto solução
fisiológica 0,9%);
12. Preferir, sempre que possível, transfundir no período diurno.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE A TRANSFUSÃO:
1. Atentar para que o início da transfusão não exceda 30
minutos após o recebimento da bolsa;
2. Controlar a transfusão para que seu tempo máximo não
ultrapasse 4 horas, sendo ideal em até 2 horas;
3. Permanecer os primeiros 15 minutos da transfusão e verificar sinais vitais;
4. Atentar para sinais de reação transfusional;
5. Utilizar um equipo para cada bolsa;
6. Não administrar sangue frio, a temperatura deve estar entre 20 e 24⁰C ;
7. Não administrar em pacientes com febre;
8. Em caso de reação transfusional, colher uma amostra de sangue do paciente e devolver ao banco de sangue junto
com a bolsa.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM APÓS A TRANSFUSÃO:
1. Assinar e carimbar no término da anotação transfusional;
2. Colar etiqueta referente ao hemoterápico no prontuário do paciente;
3. Conferir se a contracapa do prontuário já tem a etiqueta de tipagem do
paciente (grupo sanguíneo e fator Rh);
4. Devolver o hemocomponente ao Serviço de Hemoterapia caso o mesmo
não tenha sido utilizado;
5. Após concluída a transfusão recolher a bolsa e encaminhar para o serviço de
Hemoterapia.
Fonte: Observatório de oncologia |
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS IMEDIATAS OU LOGO APÓS A TRANSFUSÃO
1. Reação Alérgica: Hipotensão, taquicardia, dispneia, sibilos, prurido, febre náusea e vomito;
1. Reação Alérgica: Hipotensão, taquicardia, dispneia, sibilos, prurido, febre náusea e vomito;
- Como proceder: interromper transfusão, monitorar SSVV, colher uma amostra de sangue do paciente,
administrar anti-histamínico conforme prescrição medica.
2. Reação Hemolítica: Queimação ao longo da veia, dor torácica, cefaleia, oligúria, choque, exsudação
sanguinolenta no local da punção;
- Como proceder: Interromper transfusão, monitorar SSVV, colher uma amostra de sangue do paciente,
administrar líquido IV conforme prescrição, administrar oxigênio, conforme prescrição, observar sinais de hemorragia;
3. Reação Febril: Sensação de aperto no peito, calafrio, tosse, rubor facial, hiperpirexia, cefaleia,
taquicardia.
- Como proceder: Interromper transfusão, monitorar SSVV, colher uma amostra de sangue do paciente,
administrar antitérmico conforme prescrição.
4. Contaminação Bacteriana: Cólica abdominal, calafrio, diarreia, febre, náusea e vomito.
- Como proceder: Interromper transfusão se passar de 4 horas, monitorar SSVV, colher uma amostra de sangue
do paciente, administrar medicação conforme prescrição medica.
5. Tremor moderado: Tremor, ausência de febre.
- Como proceder: manter infusão, cobrir o paciente e observa-lo.
6. Sobrecarga: Distensão das veias do pescoço, dispneia, febre, hipertensão arterial, ruído respiratórios com secreção
- Como Proceder: Diminuir o gotejamento ou interromper a infusão, monitorar SSVV, administrar
diuréticos quando solicitados.
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS TARDIAS APÓS 1 DIA OU MAUS DA TRANSFUSÃO:
1. Hepatite B e C
2. HIV/AIDS
3. Doença de chagas;
4. Sífilis
5. Malária
CUIDADOS DE ENFERMAGEM CASO OCORRA UMA REAÇÃO TRANSFUSIONAL:
1. Interromper imediatamente a transfusão;
2. Verificar os sinais vitais e a condição clínica do paciente, atentando-se
para possível choque anafilático;
3. Manutenção do acesso venoso com solução fisiológica 0,9%;
4. Reverificação dos dados de identificação da etiqueta do
hemocomponente, confrontando com os dados do paciente;
5. Comunicar imediatamente o Serviço de Hemoterapia do hospital em
caso de reação e ao médico plantonista;
6. Anotar o número da bolsa de hemoderivados que ocasionou o evento;
7. Registrar o evento em prontuário.
O médico ao prescrever a transfusão sanguínea ele dar preferência a hemocomponente
que suprirá a necessidade específica do paciente, e não de sangue total. Com o avanço das técnicas de triagem as
transfusões atualmente são mais seguras. No entanto, elas ainda apresentam riscos para o receptor.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
- SMELTZER, S. C., BARE, B.G. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 9ª ed. Rio de Janeiro: Gua-
nabara Koogan, 2012.
- VERASTRO, Therezinha: Hematologia hemoterapia: Fundamentos de Morfologia, Fisiologia, Patologia e Clínica. São Paulo: Atheneu, 2012.
- VERASTRO, Therezinha: Hematologia hemoterapia: Fundamentos de Morfologia, Fisiologia, Patologia e Clínica. São Paulo: Atheneu, 2012.
- http://www.hemoterapia9dejulho.com.br/transfusao.asp, acessado em 02/11/2019.
- Mitos e Dúvidas, HEMOPA. Disponível em: http://www.hemopa.pa.gov.br/mitos-e- duvidas.htm, acessado em 02/11/2019.
- Mitos e Dúvidas, HEMOPA. Disponível em: http://www.hemopa.pa.gov.br/mitos-e- duvidas.htm, acessado em 02/11/2019.
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