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Mesmo vindo do latim: alga -e, "planta marinha" atualmente as algas não são consideradas como plantas verdadeiras por não apresentarem tecidos especializados, isto é, não tem raiz, caule, folhas e nem flores; seu corpo é um talo e por isso são chamadas de talófitas.
São seres protistas (reino que inclui a maioria dos organismos que não se encaixam em nenhum dos outros três reinos eucarióticos, Animalia, Plantae ou Fungi) que fazem parte de um grupo diverso de organismos eucariontes (possuem células mais complexas que demonstram uma melhor organização estrutural e eficiência funcional) e são autótrofos fotossintetizantes (produzem o próprio alimento, sintetizando moléculas orgânicas a partir de inorgânicas através de fotossíntese). Podem ser encontradas em diversos ambientes: mares, rios, lagoas, sobre pedras, troncos de árvores e outras superfícies úmidas, podendo viver fixas nesses lugares ou flutuando na água.
São seres protistas (reino que inclui a maioria dos organismos que não se encaixam em nenhum dos outros três reinos eucarióticos, Animalia, Plantae ou Fungi) que fazem parte de um grupo diverso de organismos eucariontes (possuem células mais complexas que demonstram uma melhor organização estrutural e eficiência funcional) e são autótrofos fotossintetizantes (produzem o próprio alimento, sintetizando moléculas orgânicas a partir de inorgânicas através de fotossíntese). Podem ser encontradas em diversos ambientes: mares, rios, lagoas, sobre pedras, troncos de árvores e outras superfícies úmidas, podendo viver fixas nesses lugares ou flutuando na água.
O ramo da biologia que estuda as algas é a ficologia ou algologia, tradicionalmente uma especialização da botânica. As algas podem ser classificadas como unicelulares ou multicelulares. Há três filos que agrupam exclusivamente algas unicelulares: as diatomáceas (Bacillariophyta), os dinoflagelados (Dinophyta) e os euglenóides (Euglenophyta) e três que agrupam as algas multicelulares: algas perdas ou feofíceas (Phaeophyta), algas vermelhas ou rodófitas (Rhodophyta) e as algas verdes ou (Chlorophyta). Depois dessa breve introdução de ficologia, vamos ao que interessa ne? Os benefícios das algas multicelulares para a saúde. Começando pelas algas pardas ou feofíceas (Phaeophyta).
As feofíceas possuem bastante fucoxantina, que é o pigmento que dar origem a cor parda dessas algas. Por ser pouco calórico e possui elevada concentração de sais minerais, hidratos de carbono, proteínas e vitaminas é utilizado como suplemento nutricional para auxiliar na perda de peso, controle de colesterol e triglicerídeos.
Neste filo encontra-se a Laminaria (espécie conhecida como kombu) de importância na culinária japonesa por conter componentes benéficos que podem ser úteis para a prevenção e tratamento de doenças de estilo de vida. A Kombu possui efeitos anticancerígenos, antioxidante, antiviral, antiaterogênica, imunoestimulatório e anti-inflamatório, isso porque a parede celular dessa alga é formada por ácido algínico + íons de cálcio + magnésio e ferro que formam o alginato que se trata de um polissacarídeo com propriedades espessantes e gelificantes.
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O alginato é muito usado pela medicina morderna devido a sua ação de desbridamento autolítico sendo indicado no curativo de feridas abertas altamente exsudativas, onde absorve o excesso de exsudato permitindo a remoção sem trauma com pequeno ou nenhum dano para o tecido recém-formado criando, desse modo, um meio adequado para o processo de cicatrização. Entretanto o polissacarídeo Laminarina presente nas algas pardas é contraindicado para gestante devido o seu potencial de dilatação uterina, isto e, as laminarias absorvem umidade e expandem aumentando o seu tamanho várias vezes e dilata a abertura do colo do útero podendo induzir um aborto.
Outra alga multicelular que tem um papel econômico importante é a Rodófita ou alga vermelha, que segundo pesquisas a sua parede celular possui Polissacarídeos Sulfatados com atividade anticoagulante com potencial farmacológico que devem ser bem caracterizados em estudos posteriores, outros estudos também apontam a capacidade de inibição da replicação do vírus HIV, por esses polissacarídeos sulfatados devido o seu efeito virucida e bloqueio dos receptores de membrana. A espécie Solieria filiformis pode ser usada na produção de analgésicos pois pesquisas apontam que os polissacarídeos sulfatados dessa espécie anula ou reduz a percepção e transmissão de estímulos que causam dor.
Imagem: Eu quero biologia |
Referências:
1. Bicudo, C.E.M. & Menezes, M. (orgs.) 2006. Gênero de Algas Continentais do Brasil (chave para identificação e descrições). Ed. Rima, 2ª. edição, São Carlos, SP. 502p.
2. Evert, R.F. & Eichhirn, S.E. 2014. Raven/ Biologia Vegetal. 8ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, pp.278-316
3. Fidalgo, O. & Fidalgo, M.E.P.K. 1967. Dicionário Micológico. Rickia – Série Criptogâmica dos “Arquivos de Botânica do Estado de São Paulo”. Instituto de Botânica, São Paulo. 232pp.
4. Judd, W.S., Campbell, C.S., Stevens, P.F. & Donoghue, M.J. 2009. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. Artmed, 3ª. edição, Porto Alegre, RS. 632p.
5. HUGO A. O. ROCHA. et al. Polissacarídeos
sulfatados de algas marinhas com atividade anticoagulante. LINK
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