Imagem retirada da internet |
Olá pessoal, nesta publicação abordaremos o seguinte tema "Ensino de física para alunos com surdez" . Faremos um apanhado de algumas teses e dissertações de mestrado coletadas na BDTD (Biblioteca Digital de Teses e Dissertações) que envolvam temas relacionados ao ensino de física para alunos com surdez.
O primeiro contato de uma pessoa ouvinte com uma pessoa surda pode ser de estranhamento, por causa da incompreensão que leva as pessoas ouvintes a não entenderem como o surdo pode expressar suas ideias através de movimentos das mãos e também por considerarem o surdo uma pessoa que possui uma grande limitação. Isto acontece, pois as concepções sobre a surdez e o surdo ainda tem um imenso paradigma. Atualmente, a presença do aluno surdo em sala de aula no ensino regular é uma realidade. A escola tem o dever de promover um ambiente de ensino e aprendizagem estabelecendo o rico diálogo entre os alunos surdos, ouvintes, professores e agentes escolares, ou seja, inclusão.
Com o Decreto Federal nº 5626/2005 que determina a presença de tradutores e interpretes em sala de aula um novo cenário para a educação dos surdos começa a surgir. O Decreto passa a determinar que esse tradutor/interprete da Língua de Sinais (TILS) esteja presente em escolas que possuam alunos surdos cuja função é auxiliar o aluno surdo na compreensão dos conteúdos escolares e o professor na tarefa de ensinar e na comunicação entre os sujeitos na escola, transformando a escola em uma escola bilíngue.Sim, LIBRAS é uma língua e possui suas próprias regras como a língua portuguesa falada.
Na dissertação de mestrado "ENSINO DE FÍSICA PARA PESSOAS SURDAS: O PROCESSO EDUCACIONAL DO SURDO NO ENSINO MÉDIO E SUAS RELAÇÕES NO AMBIENTE ESCOLAR." feita pelo pesquisador Fabio de Souza Alves, tem como metodologia a pesquisa qualitativa, pois na abordagem do problema há uma relação do mundo real e o mundo do sujeito, o que nos permite inferir e conjecturar sobre os possíveis resultados (SILVA E MENEZES, 2001). Uma pesquisa qualitativa considera o ambiente como fonte direta dos dados, é rica em dados descritivos, tem um plano aberto e flexível e focaliza a realidade de forma complexa e contextualizada (LUDKE E ANDRÉ, 1986, GODOY, 1995).
Citando um exemplo de estudo de caso feito pelo pesquisador citado, o processo de ensino/aprendizagem em sala de aula de um aluno surdo, matriculado na terceira série do ensino médio, e a relação desse processo com o professor de Física. A aluna surda trata-se de uma jovem de 18 anos de idade, que trabalha em uma empresa de informática na área de programação no mesmo município que mora e estuda; ela reside com os pais e está nesta escola há 11 anos. Ela é uma pessoa surda profunda em ambos os ouvidos (bilatareal) que tem a habilidade da Leitura Orofacial (LOF ou leitura labial) .
O primeiro contato de uma pessoa ouvinte com uma pessoa surda pode ser de estranhamento, por causa da incompreensão que leva as pessoas ouvintes a não entenderem como o surdo pode expressar suas ideias através de movimentos das mãos e também por considerarem o surdo uma pessoa que possui uma grande limitação. Isto acontece, pois as concepções sobre a surdez e o surdo ainda tem um imenso paradigma. Atualmente, a presença do aluno surdo em sala de aula no ensino regular é uma realidade. A escola tem o dever de promover um ambiente de ensino e aprendizagem estabelecendo o rico diálogo entre os alunos surdos, ouvintes, professores e agentes escolares, ou seja, inclusão.
Com o Decreto Federal nº 5626/2005 que determina a presença de tradutores e interpretes em sala de aula um novo cenário para a educação dos surdos começa a surgir. O Decreto passa a determinar que esse tradutor/interprete da Língua de Sinais (TILS) esteja presente em escolas que possuam alunos surdos cuja função é auxiliar o aluno surdo na compreensão dos conteúdos escolares e o professor na tarefa de ensinar e na comunicação entre os sujeitos na escola, transformando a escola em uma escola bilíngue.Sim, LIBRAS é uma língua e possui suas próprias regras como a língua portuguesa falada.
Na dissertação de mestrado "ENSINO DE FÍSICA PARA PESSOAS SURDAS: O PROCESSO EDUCACIONAL DO SURDO NO ENSINO MÉDIO E SUAS RELAÇÕES NO AMBIENTE ESCOLAR." feita pelo pesquisador Fabio de Souza Alves, tem como metodologia a pesquisa qualitativa, pois na abordagem do problema há uma relação do mundo real e o mundo do sujeito, o que nos permite inferir e conjecturar sobre os possíveis resultados (SILVA E MENEZES, 2001). Uma pesquisa qualitativa considera o ambiente como fonte direta dos dados, é rica em dados descritivos, tem um plano aberto e flexível e focaliza a realidade de forma complexa e contextualizada (LUDKE E ANDRÉ, 1986, GODOY, 1995).
Citando um exemplo de estudo de caso feito pelo pesquisador citado, o processo de ensino/aprendizagem em sala de aula de um aluno surdo, matriculado na terceira série do ensino médio, e a relação desse processo com o professor de Física. A aluna surda trata-se de uma jovem de 18 anos de idade, que trabalha em uma empresa de informática na área de programação no mesmo município que mora e estuda; ela reside com os pais e está nesta escola há 11 anos. Ela é uma pessoa surda profunda em ambos os ouvidos (bilatareal) que tem a habilidade da Leitura Orofacial (LOF ou leitura labial) .
Ao observar as aulas de física, foram encontrados três categorias que foram reunidas em torno da escola: a primeira se refere a interação em sala de aula pelos alunos ouvintes e a aluna com surdez e também da aluna com surdez em relação aos alunos ouvintes, nesta categoria observamos pouca interação entre os alunos, percebemos que durante as aulas a aluna com surdez não se comunica com os alunos ouvintes e os ouvintes também não se comunicam com a aluna com surdez sobre qualquer que seja o assunto.
Partimos da ideia de que a escola tem uma função social, que não basta penas e tão somente promover os conteúdos, a escola tem a função de abrir seu espaço para promover o debate dos temas atuais . Quando não há um processo dialógico no ambiente escolar o papel da escola fica comprometido, (FREIRE, 2001a, p. 37). Aprofundando esta discussão e percebendo o cenário em que a aluna com surdez está inserida, há pontos importantes a considerar. O primeiro ponto é que a aluna com surdez embora seja oralizada não estabelece uma troca de ideias e informações com os seus pares e, portanto, por mais que ela se esforce, a informação e o compartilhamento dessas informações ficam bastante comprometidas, uma vez que compreender o que passa no espaço educacional sozinha torna-se no mínimo uma tarefa bastante exigente. Desse modo, atribui-se a aluna com surdez a única e exclusiva tarefa de se adaptar, e portanto temos uma escola longe da perspectiva inclusiva como discutido por (JANUZZI, 2004, MENDES, 2006, BEYER, 2003).
Com isso podemos notar o quão importante é a inclusão e adaptação do ambiente escolar para que exista melhor desenvolvimento dos alunos com surdez e ter professores de física que saibam LIBRAS e consequentemente passar o conteúdo nesta mesma língua.
Referências
Partimos da ideia de que a escola tem uma função social, que não basta penas e tão somente promover os conteúdos, a escola tem a função de abrir seu espaço para promover o debate dos temas atuais . Quando não há um processo dialógico no ambiente escolar o papel da escola fica comprometido, (FREIRE, 2001a, p. 37). Aprofundando esta discussão e percebendo o cenário em que a aluna com surdez está inserida, há pontos importantes a considerar. O primeiro ponto é que a aluna com surdez embora seja oralizada não estabelece uma troca de ideias e informações com os seus pares e, portanto, por mais que ela se esforce, a informação e o compartilhamento dessas informações ficam bastante comprometidas, uma vez que compreender o que passa no espaço educacional sozinha torna-se no mínimo uma tarefa bastante exigente. Desse modo, atribui-se a aluna com surdez a única e exclusiva tarefa de se adaptar, e portanto temos uma escola longe da perspectiva inclusiva como discutido por (JANUZZI, 2004, MENDES, 2006, BEYER, 2003).
Com isso podemos notar o quão importante é a inclusão e adaptação do ambiente escolar para que exista melhor desenvolvimento dos alunos com surdez e ter professores de física que saibam LIBRAS e consequentemente passar o conteúdo nesta mesma língua.
Referências
OLIVEIRA, Verônica Rosemary de. O ensino do som como conteúdo de física para alunos surdos: um desafio a ser enfrentado.. 2017. 145 f. Dissertação( Programa de Pós-Graduação em Educação) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2017.
ALVES, Fabio de Souza. Ensino de física para pessoas surdas: o processo educacional do surdo no ensino médio e suas relações no ambiente escolar. 2012. 164 f. Dissertação (Mestrado em Programa de PósGraduação em Educação para a Ciência) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
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