Fonte: secad |
O primeiro cuidado que vamos falar é sobre a higiene corporal do paciente que tem como o principal objetivo a restauração da limpeza e consequentemente a eliminação de odores desagradáveis do organismo. Mas uma boa higiene corporal também traz diversos beneficios para paciente além de oferecer uma sensação refrescante e relaxante, como a redução do potencial de infecções, o auxilio no exame físico onde o profissional deve observar: a pele, estado motor, nutricional e respiratório, estimula a circulação e glândulas dos pacientes, exercita músculos, melhora a autoimagem e movimenta as articulações. Uma higiene corporal adequada deve incluir a lavagem dos cabelos afim de eliminar sujidades e parasitas, uma higiene oral para evitar infecções bucais, cardíacas, digestivas e respiratórias e a higiene íntima proporcionando conforto, previnindo o paciente de infecções e auxiliando no tratamento de infecções onde a higiene íntima é indicada durante o banho, após eliminações vesico-instestinais e/ou quando necessário.
Outro cuidado essencial que a equipe de enfermagem deve ter com o paciente é a mudança de decúbito a cada 2 horas que facilita o repouso e proporciona o relaxamento dos tecidos, músculos e articulações além de previnir lesões por pressão que aparecem devido à compressão de tecidos moles presentes nas saliências ósseas. A mudança de decúbito associada ao uso de camas e colchões adequados, bem como o uso de coxins, travesseiros e outros dispositivos que mantém um alinhamento correto do corpo e diminuem a fadiga muscular. Ao colocar o paciente em decúbito dorsal o profisisonal deve posicional a cabeça, pescoço e parte superior do ombro do paciente acomodado em travesseiro colocar um apoio ou rolinho de pano embaixo das articulações como os joelhos e os pés em flexão dorsal. Se a posição desejada for o decúbito lateral o profissional deve acomodar com travesseiro a cabeça e pescoço do paciente como também o braço oposto ao colchão e entre os membros inferiores colocar uma almofada pesada para apoiar o dorso do paciente. Nesse post não citarei o decúbito ventral uma vez que estamos falando de um paciente grave que na maioria das vezes está em uso de suporte ventilatório então a posição ventral não seria indicada.
Fonte: pinterest |
A contenção mecânica do paciente nada mais é do que o uso de ataduras ou lençóis para restriguir o movimento do paciente evitando que o mesmo sofra uma queda da cama ou arranque os dispositivos em uso. É indicado que em regiões maiores usar faixa de lençol e nas menores usar ataduras de crepes largas com no mínimo 15 cm de largura devendo proteger a região com algodão ou compressas evitando o garroteamento. O profissional responsável deve observar cianose, edema, queixa de dor ou formigamento sendo que a restrição deve ser aplicada com cuidado para evitar complicações e removê-la duas vezes ao dia e fazer a higiene com água e sabão além de massagear, proteger e só restringir novamente se realmente for necessário.
Outro cuidado que o profissional de enfermagem deve ter com o paciente grave é a prevenção do surgimento e desenvolvimento de lesões por pressão (LPP), antigamente chamadas de úlceras por pressão. A LPP é toda lesão na pele, tecidos moles subjacentes ocasionada pela pressão intensa e prolongada combinada com fricção de um tecido mole entre uma proeminência óssea e uma superfície dura. As Lesões por Pressão são áreas de destruição tecidual provocadas por compressão do tecido macio contra proeminência óssea, geralmente do sacro, do trocânter e do ísquio, e superfície de contato durante um tempo prolongado onde a compressão prejudica o fornecimento de sangue ao tecido, levando à insuficiência vascular, anóxia tecidual e morte das células. Causam danos consideráveis ao pacientes, dificultando o processo de recuperação e consequentemente aumentando seu tempo de internação hospitalar, são dolorosas, na maioria das vezes, podem gerar infecções graves bem como sepse e mortalidade. Pode-ser prevenir o surgimento de LPP através das seguintes medidas: uso de colchão inflável (colchão pneumático), filme transparente nas áreas de proeminência óssea, aliviador de pressão que são malhas aderentes a pele com silicone na borda, troca de fraldas adequada sendo que muitas fraldas de uma vez só aumenta o risco de lesão na genitália onde o fato do paciência necessitar de uma troca de fralda anormal pode está associada a alguma patologia devendo assim tratar a incontinência, uso da placa de hidrocoloide, uso da travessa e lençol sendo que devem está sempre limpos, seco e sem dobras, uso do creme barreira e a mudança de decúbito a cada 2 horas.
Fonte: UFTM- SEE |
Fonte: bemcuidar |
O cuidado oferecido aos pacientes deve visar o monitoramento e à assistência contínua com o objetivo de recuperar a saúde dos pacientes sendo necessário olhar para cada paciente como um ser singular e multidimensional com problemas e necessidades e com uma assistência humanizada.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
1. Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (COREN-SP). 10 Passos para a segurança do paciente. São Paulo, SP: COREN-SP; 2010.
2. BRASIL. Ministério da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anexo 02: Protocolo para prevenção de úlcera por pressão [Internet]. 2013. Disponível em: . Acesso em: 01 set. 2016.
3. SOBEST. Classificação das Lesões por Pressão - Consenso NPUAP 2016 - Adaptada Culturalmente para o Brasil. Disponível em: http://www.sobest.org.br/textod/35. Acesso em 08 ago. 2016
4. BACKES et al. O cuidado intensivo oferecido ao paciente no ambiente de unidade de terapia intensiva. LINK
5. SILVA et al. Refletindo sobre o cuidado de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva LINK
1. Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (COREN-SP). 10 Passos para a segurança do paciente. São Paulo, SP: COREN-SP; 2010.
2. BRASIL. Ministério da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anexo 02: Protocolo para prevenção de úlcera por pressão [Internet]. 2013. Disponível em: . Acesso em: 01 set. 2016.
3. SOBEST. Classificação das Lesões por Pressão - Consenso NPUAP 2016 - Adaptada Culturalmente para o Brasil. Disponível em: http://www.sobest.org.br/textod/35. Acesso em 08 ago. 2016
4. BACKES et al. O cuidado intensivo oferecido ao paciente no ambiente de unidade de terapia intensiva. LINK
5. SILVA et al. Refletindo sobre o cuidado de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva LINK
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