Fonte: radiologiaribeiro |
A fotografia tem origem no início do século XIX. E as características e a construção do filme radiográfico são parecidas aos filmes
fotográficos comuns. É no filme radiográfico que ocorre a
formação e armazenamento da imagem. Ele é o receptor dos fótons de raios X. Estes
sensibilizam o filme, formando a imagem. E a imagem ficará “impressa” no filme
radiográfico e após passar pelo processo de revelação, será utilizada para o
diagnóstico.
O filme
radiográfico é composto por uma ou duas camadas: emulsão e base.
A maioria dos filmes radiográficos tem emulsão nos
dois lados do filme, sendo conhecido como filme de dupla emulsão. Entre a base e a emulsão, há fina cobertura de material chamada de camada adesiva, garantindo aderência da emulsão à base do filme.
Fonte: dicasradiologia
Base
A base é
de poliéster, de cor azulada, flexível, mas resistente a fratura permitindo o
manuseio fácil, contudo com rigidez adequada para ser utilizada e colocada no
negatoscópio. Com espessura de aproximadamente 180µm. A
base dos filmes era de placa de vidro. Mas durante a primeira guerra mundial o
material ficou indisponível, por causa disso a placa de vidro foi substituída
por nitrato de celulose. Este material, porém, é inflamável o que resultou em
um incêndio hospitalar na década de 1920. Nos meados da década de 1920, os
filmes já com uma base “segura” triacetato de celulose, era utilizado. Tendo a
mesma característica do nitrato, mas não é inflamável. No início da década de
1960 o poliéster foi introduzido. Sendo mais resistente e mais fina que as bases
de triacetato de celulose.
Emulsão
A
emulsão consiste é composta por uma mistura homogênea de gelatina e cristais de
haleto de prata. Possui de 3-5 μm de espessura. A gelatina utilizada é clara, transmite
luz e é suficientemente porosa para as substâncias químicas de processamento possam penetrar. E sua
função é fixar os cristais de haleto de prata na base.
Na
emulsão há cerca de 98% do haleto de prata em forma de brometo de prata, o
restante é em iodeto de prata. A interação do raio x com esses átomos resulta
na formação de imagem latente na radiografia. Os cristais tem diâmetro de 1µm.
Há técnicas de fabricação que permite obter cristais de forma tabular, chamado
de grãos -T onde apresentam uma superfície maior de absorção de luz, com menor
volume de cristais.
Camada Protetora
Consiste numa camada de gelatina transparente fina, onde é aderida na superfície da emulsão, tendo como função proteger a emulsão. Tipos de filmes Atualmente com o avanço da tecnologia gerou-se uma variedade de filmes radiográfico, e de tamanhos variados possibilitando sua utilidade para cada parte anatômica nos exames. |
tabela 1 - Tipos de Filme radiográfico
Tipo
|
Emulsão
|
Característica
|
Aplicação
|
Impressão
a laser
|
Única,
com suporte anti-halo
|
Combinado
com o laser usado (em torno de 630nm)
|
Impressoras
a laser acopladas a TC, RM, ultrassom etc.
|
Cópia
ou duplicação
|
Única,
com suporte anti-halo
|
Pré-exposta
a Dmax
|
Duplicação
de radiografias
|
Dental
|
Dupla,
em envelope fechado
|
Tem
uma folha de chumbo para reduzir a radiação retroespalhada
|
Odontologia
|
Monitoração
|
Dupla,
em envelope fechado
|
Uma
emulsão pode ser mudada para aumentar a DO
|
Monitoração
Radiológica
|
Transferência
seca
|
Única
|
Termicamente
sensível
|
Impressoras
“secas”
|
tabela 2 - Tamanho dos filmes
Unidades Inglesas
|
Unidades
Internacionais
|
7 x7 polegadas
|
18 x 18 cm
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8 x 10
polegadas
|
20 x 25 cm
|
10 x 12
polegadas
|
24 X 30 cm
|
14 x 14
polegadas
|
35 x 35 cm
|
14 x 17
polegadas
|
35 x 43 cm
|
Armazenamento e Manuseio do Filme
O filme radiográfico deve
ser manuseado corretamente, pois é muito sensível a luz e a radiação. Com o
armazenamento e manuseio inadequados o resultado será uma radiografia com artefatos
interferindo no diagnóstico. Por isso, ao manusear o filme são necessárias as
mãos limpas, não dobrar, não criar vincos nem outra manipulação sem cuidados.
Referência
Tabela 1 e 2: BUSHONG, Stewart Carlyle. Ciência Radiologica para tecnólogos. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2010.
JÚNIOR, Antônio Biasoli. Técnicas
Radiográficas. Rio de janeiro: Rubio,
2006.
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