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| Imagem: eso.org |
Olá pessoal tudo bem? No post
anterior sobre astrofísica vimos que a esfericidade da Terra, foi provada por Eratóstenes e reforçada pela bela imagem da Terra tirada pela sonda
Beresheet, hoje o assunto é a formação do nosso planetinha azul.
Imagino que vocês já estão
carecas de tanto ouvirem ou lerem que o sol e a Terra foram formados da mesma
nuvem molecular, porém o Sol formou-se primeiro, e os
planetas (incluindo a Terra) foram formados no resto do material que não foi acretado, este resto é chamado de disco protoplanetário. Hoje com o uso de grandes
telescópios como por exemplo o ALMA, realizar observações de outras regiões tornou-se uma mina de informações, podemos olhar para algumas regiões de formações estelares que nos darão informações de
como estas protoestrelas e seus planetas estão se formando, e assim sendo possível simular
como ocorreu a formação do nosso sistema solar.
Porém as hipóteses de formação do sistema solar
datam-se de 1644, quando o Descartes fez a primeira proposta de que estrelas e
planetas se formavam a partir da contração de nuvens de gás e poeira, esta hipótese
foi chamada de hipótese nebular. Passados 111 anos, Immanuel Kant propôs que o
Sol e os planetas tinham se formado durante um colapso de uma grande nebulosa. Poucos
anos depois, surge Laplace expondo um modelo similar e explicando que as colisões
dentro da nebulosa mais a conservação do momento angular devido a rotação da nuvem, iriam
naturalmente achata-la formando um disco que estaria
girando rapidamente em direção do centro, as pequenas bolhas
de gás e poeira no disco formaria os planetas, e estes teriam orbitas mais ou menos
circulares.
No século XIX, houve muita discussão sobre a nebulosa ser em espiral e que poderia ser vista nos maiores telescópios
e até serem fotografadas, enquanto que outros astrônomos possuíam duvidas devido o lento período de rotação do Sol já que pois ele representa 99,8% da massa do sistema solar. Durante este século várias hipóteses foram propostas, uma delas dizia que os planetas foram formados por uma longa faixa
da atmosfera solar que foi rasgada pela passagem de uma estrela. (tenso)
Em 1970 Viktor Safranov contribuiu com novos elementos no modelo da hipótese nebular, dando um gás nesta hipótese 😉, segundo ele, acontecia
acumulação de massa através de colisões, onde os corpos crescem de grãos de
poeira até protoplanetas do tamanho de Marte, graças a sua contribuição esta é a teoria mais aceita entre a comunidade.
Neste caso, quando o nosso sol começou a brilhar, sua pressão de radiação varreu a nebulosa, aumentando a
temperatura na região mais interna evaporando o material volátil próximo ao
Sol, sobrando o material poeirento, as colisões deste material ao longo de
milhões de anos formou corpos com massa suficiente para a gravidade deles
entrarem na brincadeira crescendo-os a ponto de formar os protoplanetas, estes
foram limpando suas orbitas, acretando e aglutinando cada vez mais material aumentando seus tamanhos até formar os planetas terrestres. É nesta a região que nosso planeta se formou. Os
gasosos por estarem se formando em uma localização mais afastada do Sol a pressão de radiação
não evaporou todo o material volátil, logo estes protoplanetas formados nesta região, atraíram mais massa e gás por final formando os gigantes gasosos.
O sistema solar se estende até a nuvem de Oort uma região composto por milhares de corpos congelados e provavelmente inertes esperando pela passagem de alguma estrela de baixa massa, para perturba-los empurrando-os para o interior do sistema solar ou tirando-os de vez do domínio gravitacional do Sol.
Espero que vocês tenham gostado de saberem quem foram as mentes por trás da criação dos modelos de formação do nosso sistema estelar, e que estas hipóteses surgiram em meados do século 17.
Até breve!
Referências:
• Astronomia e Astrofísica - Kepler de Souza Oliveira Filho & Maria de Fátima Oliveira Saraiva
50 Ideias de Astronomia que você precisa conhecer - Giles Sparrow
• Fonte: https://www.eso.org/public/images/eso1611a/
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