A Estruturas das Galáxias

 Estrutura Galáctica Criador:Wender

          No post anterior falamos um pouco sobre a morfologia das galáxias, elíptica, espirais com e sem barra entre outros tipos morfológicos, hoje vamos falar um pouco sobre a estrutura e o que há no centro destas ilhas flutuantes no universo.

Quando buscamos descrever algo o que devemos fazer em primeiro lugar é buscar por componentes que seja comum na grande maioria dos dados que temos em mãos, para as galáxias este procedimento não foge a regra, e os dados que podemos ter é baseado em imagens o que fica bem mais fácil de identificar.

            Nas galáxias espirais sejam elas barradas ou não, o que podemos observar é que elas possuem  estruturas comuns: Núcleo, Bojo, Disco e Halo. Vamos partir do Núcleo. Quase todas as galáxias possuem em seu núcleo um buraco negro super massivo, estando ativo ou não (tema do próximo post), acredita-se que as galaxias evoluem em parceria com seu buraco negro e estes chegam a ter massas da ordem de bilhões de massas solares. O Bojo, possuí formato esférico, encontra-se na região central das galáxias, a densidade de estrelas aqui é altíssima, a grande maioria delas são velhas (evoluídas), não temos formação de estrelas existe pouco gás nesta região, o bojo é presente tanto nas galáxias elípticas quanto nas espirais, porém as elípticas possuem apenas esta estrutura, por esse motivo este tipo de galáxia tem o formato esférico ou algo que se assemelhe a uma bola de futebol americano, na nossa galáxia se fomos observar o bojo no óptico a visão será atrapalhada pelo gás e poeira que bloqueia a luz que vem no visível, mas podemos vê-lo utilizando satélites que captam no infravermelho, está frequência não é bloqueada pela poeira, passando livremente por ela.

No disco galáctico a densidade de estrelas diminui em relação ao centro, se levarmos em conta o bojo e o disco o número de estrelas vai diminuindo a medida que se afastamos do centro, aqui encontramos enormes nuvens de gás e poeiras, no disco a rotação é diferencial (velocidade de rotação diferente) ao redor do centro galáctico, esta rotação é o provável fator a formar os braços espiralados assim como ao gerar ondas de compressão perturba o equilíbrio do gás e da poeira presente nesta região, esta perturbação tem papel de gatilho para o colapso gravitacional destas nuvens moleculares iniciando a formação de estrelas sendo comum encontrarmos berçários contendo inúmeras estrelas jovens ou alguns com poucas estrelas recém nascidas (aglomerados abertos), exemplo as Plêiades. No disco temos maior número de estrelas jovens de cor azul mas podemos encontrar estrelas mais evoluídas, além de ser possível detectar explosões de super novas e é no disco da Via Láctea que o Sol está localizado.

O halo é a maior estrutura de uma galáxia, porém não é nada fácil observa-lo no óptico, o halo é povoado por estrelas velhas (gigantes vermelhas e anãs brancas) além da existência de aglomerados globulares que estão em órbita ao redor da galáxia, além de uma grande quantidade de partículas em altas temperaturas. E é nesta região que determinamos a atuação da famosa matéria escura, pois se pudéssemos pesar a massa desta estrutura teríamos um valor muito maior do que massa do núcleo, bojo e disco juntos.


Até breve.

Referências:
Astronomia: Uma visão Geral do Universo. 2. ed., 3. reimpr. – São Paulo: Editora USP, 2008.
Galaxies in the Universe: Na Introduction. 2 ed. Lind S. Sparke, Jhon S. Gallagher III – Cambridge University

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