Crédito:ESO/M. Kornmesser
No
post passado falamos um pouco sobre a formação da Terra e hoje o tema será zona
de habitabilidade estelar. Mencionamos que quando o Sol começou emanar
radiação no espaço, esta varreu todo o material volátil próximo a ele sobrando
o material
poeirento, diferenciando assim as formações dos protoplanetas, que no
decorrer de milhões de anos após a ignição do núcleo solar se transformaram em
planetas gasosos e terrestres. A distância do planeta em relação a estrela mãe pode ou
não permitir que o planeta ofereça as primeiras condições possíveis para a
existência de vida, existe vários
fatores para chegarmos ao surgimento de seres vivos. Mas o gatilho
inicial é o planeta se formar numa região onde a radiação da estrela mãe
permita temperaturas amenas ou temperadas no planeta.
A
esta região damos o nome de Zona habitável, nela a radiação estelar não
é tão severa nem muito amena com o planeta, sendo possível ter água no estado
liquido na superfície planetária, até porque nós somos seres baseados em
carbono e necessitamos de água líquida, e uma fonte de energia bem moderada. No
caso do Sol a sua zona de habitabilidade fica entre as orbitas de Vênus e
Marte, neste ponto qual planeta está entre eles, heim? O nosso “pálido ponto azul” (Carl Sagan). A
Terra fica bem no centro desta região a uma distância média de 150 milhões de
quilômetros do Sol, e nesta distância a radiação que nos atinge permite a Terra poder abrigar água no estado líquido. Então Vênus
e Marte estando situados nos limites interno e externo da zona habitável poderiam
ter água líquida em suas superfícies correto? No caso destes dois planetas
temos outro fatores que influenciaram para a não existência de água líquida.
Quando
estudamos sobre estes planetas encontramos vapor de água na atmosfera
venusiana e gelo na superfície marciana, por estarem no limite eventos
planetários afetariam fortemente a existência de água líquida neles, já na região
central da zona habitável está nós terráqueos e graças a isto encontramos em
nossa casinha espacial a água nos três estados: sólido, líquido e gasoso, mas
sua maior porção é de água líquida.
A
zona habitável muda de estrela para estrela, o que diferencia a posição desta
região é a luminosidade e temperatura delas, ou seja, a zona de habitabilidade estelar pode ficar em posições bem hostis para o planeta que poderá ficar muito próximo
ou muito longe da estrela. Para busca por vida no universo as estrelas mais preferidas
pelos astrônomos são que possuem massa entre 0.5 a 2 massas solares, estrelas
muito massiva a radiação é muito intensa e a zona habitável é bem distante
destas estrelas, sem falar que elas evoluem muito mais rápido e dentro de milhões
de anos elas podem virar supernovas. Por outro lado, estrelas de baixa massa a
zona habitável fica muito próximo a elas, então qualquer atividade anormal
da cromosfera
pode ser muito intensa elevando a temperatura e emitindo partículas
mortais para a vida.
Ressalvo que tratamos somente sobre zona habitável estelar,
existe os casos especiais para zona habitável planetária, neste ponto, algumas
luas nos planetas gasosos teriam condições de abrigar água líquida graças a
outras fontes de calor, como exemplo forças de maré gravitacional que manteriam o núcleo
destas luas aquecidos gerando calor suficiente para manter a água líquida. Além da zona de habitabilidade galáctica, o universo é perigoso viu, deixarei estes dois tipos de zonas para uma próxima vez.
Até a próxima 😁
Fontes:
Do Átomo ao Buraco Negro: para descomplicar a astronomia - Schwarza.
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